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O último

Enem

O ÚLTIMO ENEM

Reinstalando seu sistema operacional #MitodoENEM

Foto do escritor: Luciano CruzLuciano Cruz

  "Eu nasci assim, eu cresci assim, vou morrer assim.. eu sou sempre assim... Gabriela... Sempre Gabriela..." 


    Ser quem se é


       Tá aí uma das coisas que mais me chama a atenção na Gabriela: o seu jeito bobo de ser, que de bobo mesmo não tem nada.  

       Aquele olhar de louca, fez com que ela sensualizasse de modo bem consciente  com milhares de marmanjos no horário nobre, deixando-os babando/derretendo em devaneios extrassensoriais toda vez que a série entrava no ar. Ela hipnotizava de jovens a velhinhos fazendo inocentes exibições de suas técnicas de subidas ao telhado, para que finalmente, antes do término da série, levantasse a famigerada pipa do vovô.



"A pipa do vovô subiu! Eeeww!  "



       Eu não sei se você reparou ao longo da série ou do livro que a  Gabriela tinha algo muito especial: Sua sensualidade com doses de sandice e selvageria inocentemente loucas com tiques de meticulosidade. Ela era loucamente sensual, mas não só sabia disso, como também usava dessa ferramenta metodicamente como ninguém. E este é o ponto.  

       O que eu quero dizer é que ela possuía consciência de sua condição de mulher bicho-do-mato-sensual e era assim porque gostava de ser, apesar de toda pressão da social (das mulheres da cidade) de não sê-lo. Ela era assim e ponto final. Gabriela...  Sempre Gabriela.



"Como é bom ser maluca!"


       Mas o que issver com os seus estudos? 

       Ora, tem tudo a ver, a senhora Gabriela tinha consciência sobre suas aptidões, por assim dizer, sensualíssimas. E são essas aptidões que queremos trazer à tona.  

       Ah... antes que você pense que estou ministrando um curso de como comer alguém ou seduzir a aplicadora do Enem para se dar bem na hora da prova,  pode tirar seu cavalinho da chuva. Quando falei em aptidões, me referi ao sentido amplo da palavra. Ou seja: Ser bom ou ruim em determinada característica e manipular isso. 

       Não quero que você me entenda mal. Eu admiro pessoas de personalidade, principalmente do tipo da Gabriela, não  estou propondo aqui que isso seja errado. Mas descendo alguns degraus percebemos que determinadas certezas, ou melhor, convicções sobre nós mesmos, podem ser o bote salva-vidas do Titanic ou o Iceberg que nos levará ao para o fundo do mar. 

       O Jack do Titanic, por exemplo, se não se aventurasse na convicção de ser um vagabundo profissional, não seria bom no poker,  não entraria no cruzeiro, nem pegaria a gatinha da Rose, nem morreria... e ah... Nem entraria para historia. ;) O que aprendemos com isso?  

       Tudo é uma questão de objetivos e  ponto de vista.



"Se eu tivesse ficado em casa estudando... "

       A questão fundamental é compreender o papel de cada convicção que você traz consigo e molda-la da melhor maneira que você conseguir.  Se isso vai fazer seu navio afundar, descarte, se vai fazer você seduzir meio mundo e se dar bem com isso, vá em frente.


Encontrando o sistema operacional ideal


       Ah se todo mundo conseguisse determinar o que te limita e simplesmente, como num passe de mágica, desse um resete no sistema reinstalando o novo sistema operacional sem erros...

       Pode até acontecer, claro - não com este simplismo -  mas sim, há a possibilidade de você poder resetar o sistema fazendo que ele inicialize sem os erros que travavam a parada toda. Mas é necessário de antemão a compreensão do todo. E por compreensão, refiro-me a todo desenho, como se você planejasse uma viagem e abrisse o street view antes, dando uma bisbilhotada virtual no destino. Isso cria confiança para você fazer ou deixar de fazer algo mais claramente. Por que fazer viagens sem saber destino, às vezes pode terminar mal e não adianta culpar o Waze quando você parar dentro de uma favela dominada pelo tráfico.

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       É necessário, portanto, entender o por quê das coisas acontecerem e  como essas convicções limitadoras ou impulsionadoras estão operando dentro de nós. Quando isso ocorrer você saberá o tipo de sistema você quer que se instale. Um windows 98, xp, 7, 8 ou  10. A escolha é sua. 



"Já que é uma merda, que seja uma merda funcional.  Quero o 8, por favor."

Entendendo a importância da ferramenta certa

       Interessante é que os meios de aplicação das convicções do nosso comportamento, ou seja, o que fazemos ou deixamos de fazer, estão intimamente ligados  às afirmações dentro de estruturas bem complexas fixadas na memória. E ninguém sabe ao certo como que essas estrutura são, de fato, construídas, porque o peso de determinada coisa varia de pessoa para pessoa.

       Sendo mais claro, a morte do seu cachorrinho pode ser fundamental na compreensão do fim da vida para você, pode também ser a alavanca para ingressar na medicina veterinária ou pode simplesmente não significar nada, afinal, é só um animal.



"Eu choraria por você, Auuuhhhh!"

       Ficou claro? A ideia é que quanto mais reforçamos determinados padrões na memória com coisas aleatórias, mais fixamos esses padrões e mais difícil é rompê-los. Um fumante não se vicia a fumar no primeiro cigarro, nem o alcoólatra no primeiro copo de Whisky. Trata-se de uma construção, tanto para o mal, quanto para o bem. Ou você acha que vai passar em medicina estudando na véspera do vestibular? 

       O vício de beber, por exemplo,  geralmente cria-se pela associação de beber com prazer e quando esse prazer começa a incomodar você, gerando dor, novamente você recorre ao prazer só que em doses maiores para justamente acalentar a dor, gerando  a culpa que será novamente amenizada pelo prazer, mergulhando assim em um circulo vicioso. Prazer>Dor>Culpa<Prazer

       Não quero aqui me delongar sobre este tipo de sistema vicioso, meu foco é mostrar a você como reverter

um quadro de danos e entender que você provavelmente está equivocado quanto a sua compreensão acerca de sua capacidade ou não de fazer determinada coisa. 

       Para isso, elaborei um pequeno esquema que ajudará você a se enxergar... o que creio que é o primeiro passo para a libertação:


Primeiro passo - Dor x Prazer


       Inicialmente, como já falado no post como usar a dor e prazer para passar no ENEM, você precisa usar de maneira bem consciente o que te limita ou te impulsiona, se não leu, é melhor ler lá primeiro para sacar com mais clareza o que eu estou falando... 

       Bem, acreditando que você leu o outro post e fez uma lista de convicções limitadoras e impulsionadoras, você já fez a primeira etapa deste processo que é saber o que você tem de ruim ou de bom e usar isso conscientemente. 


Segundo passo - Compreenda o que te move


       Nesse momento é que o bicho pega. Porque aqui você se depara com a coisa mais difícil de alterar: 

       Você. =)

       E, perdoe-me, mas putamerda, como é difícil alguém mudar de comportamento!

       Somos extremamente cabeças-duras, morremos fazemos as mesmas coisas e cometendo os mesmos erros. Você acha por que alcoólatras perdem tudo e não largam merda da bebida? Por que seu tio está no quinto casamento e todas a mulheres reclamam que ele é galinha e ele continua galinhando?  E por que você sabe que seu problema é a "falta de foco" mas não faz nada a respeito, colocando a culpa do TDAH, mentindo para o psiquiatra para tomar doses cavalares de Ritalina? Seus problemas se resolveriam mesmo com uma pílula??? -Ai meu Deus... é muita burrice. 

       Definir o que te para e o que te impulsiona, como eu disse, é fundamental, mas não estou para focar exclusivamente nisso, meu objetivo é dar um passo a mais... Quero que você leve sua compreensão ao nível da alteração de comportamento através de práticas conscientes.

Trocando em miúdos, quero que você compreenda o que te move. O que realmente faz com que você levante a bunda da cadeira e faça algo de verdade. 

       Alguns chamam isso de método alavanca, mindset, mesa redonda do eu e  muitos outros nomes. Eu chamo de reinstalar o sistema.

       E chega de querer passar o antivírus nesse PC fodido, vamos comprar um novo Windows para você, já que não inventaram transplantes de cérebro ainda, vamos começar o reboot no seu.



"Tá limpinho, agora cuida dele direito... "


Terceiro passo - Instalando o sistema


A Aplicação Prática


       Não quero parecer prolixo, mas voltando a questão de por que fazemos o que fazemos, como disse, são inúmeras motivações. E como no exemplo do Dogão, as motivações vivenciadas tem peso extremamente superiores às motivações imaginativas. Imaginar que seu cachorro morreu é uma coisa, ver ele morto é outra.Na segunda opção você pensa duas vezes antes de deixar seu animalzinho sair disparado correndo pelo portão para se enfiar debaixo do primeiro carro que passar pela rua. 

       Entenda: As motivações imaginativas de, por exemplo, ser um médico variam de pessoa para pessoa, podem ir desde ajudar crianças africanas sofrendo de inanição ao ver um episódio do programa dos médicos sem fronteiras, pensar em fazer uma cirurgia que você achou legal no YouTube, pensar em ser cirurgião cardíaco, plástico, pediatra, pensar nos benefícios financeiros da carreira médica, ter seu próprio consultório, o status de ser respeitado pelas pessoas, saber do salário médio das especializações ... São diversas motivações no campo da imaginação. Que são, claro, motivações importantes, mas não se comparam às motivações práticas. E é aí que o sistema se instala. 

       As motivações práticas são a solda e os parafusos que vão levar você a ser algo que você se propõe a fazer. Voltando ao exemplo do médico,  o gatilho de ser médico, ou seja, o que te motivou efetivamente a querer cursar medicina, pode ter sido a vez que você viu uma pessoa morrer na sua frente e sua impotência diante da situação, no dia que você viu uma pessoa tratando um médico como doutor na sua frente e você associou a você no futuro, quando os olhos daquela linda gatinha brilhou perto de você quando você disse que queria cursar medicina, quando você conversou com um médico e ele disse como era profissão ou quando você estava sendo medicado em um acidente que você sofreu e então você notou o valor da profissão. Tudo isso possui um valor de referência infinitamente superior na hora da tomada de decisão, porque você vivenciou isso na prática, teve sensações que extrapolaram o campo imaginativo. Por esses motivos você tem foco ou não em estudar, porque estudar esta diretamente ligado a essas sensações que foram ligadas através de práticas motivacionais.

       E é neste ponto que queremos chegar. Na motivação prática. 

       E por prática não entenda de forma direta, você não precisa exercer ilegalmente a medicina para se sentir motivado, basta se envolver com aplicação prática da em algum campo.  Cabe a você imaginar, colocar em uma lista e correr atrás. Segue alguns exemplos de motivações práticas para futuros médicos: medir a glicose de sua mãe, a temperatura, visitar um hospital na ala de câncer, procurar conversar diretamente com um médico sobre a prática da medicina.

Tudo isso dialoga com prática. 

Claro que a mesma lógica aplica-se a quem deseja ser engenheiro, escritor, policial, professor, advogado, dentista ou qualquer profissão... 


Tatue em sua testa

"Procurar motivações práticas."


       Você deve procurar gatilhos práticos para fazer o que você sonha. Quer seja cursar medicina ou quer ser um astronauta. Tudo é uma questão de motivação aplicada. A melhor maneira de fazer o que você sonha, pasmem, é procurar fazer. Simples assim.

       Todo o resto imaginativo ajuda, mas só serve como um empurrãozinho.

       Por fim, gosto de desmistificar alguns padrões de comportamento para jogar finalmente uma pá de cal em seu padrão de limitação para você rodar aquele windows top no seu novo sistema operacional. Claro que você tem que dar uma reiniciada depois de instalá-lo.



Reiniciando o Windows


       Existe algo que chamo de padrão de hereditariedade.  Ele existe, claro, mas é mais um "placebo" motivacional do que a motivação real em si. Você pode ter a vida dos sonhos dentro da matrix, mas seria melhor sofrer na verdade ou ser feliz em uma mentira?

       Eu fico com a verdade. Sempre. 

       A verdade é que seu amiguinho playboy que estuda no colégio ultratop não está sendo aprovado por causa, necessariamente, dos recursos infinitos dos seus pais milionários, do colégio top ou por ter uma genética boa. Felizmente para você, é simplesmente por que ele acreditou que poderia ser capaz de fazer o que colocaram na cabeça dele que ele era capaz de fazer. Nada mais que isso. Toda essa importantíssima "ilusão" criada em volta dele moldou o caráter, levando-o a crer que era capaz. Todo esse aparato foi, antes de tudo,  os parafusos e soldas de exemplos que o arrastaram para seu destino inelutável. Simples assim.

      -Mas o colégio dele e educação caras não são importantes?

      -Claro que sim, não seja idiota. Cala a boca e me escuta. Já inventaram uma máquina do tempo?

      -Não.

      -Então tem como você voltar no passado para ter uma educação de qualidade?

      -Não.

      -Então deixa de chorar o leite derramado e procure melhorar a partir de agora. O moleque da escola foi enganado, assim como você. A diferença é que ele tinha gente que engana ele para o bem com ensino de qualidade, já você foi para o mal, com políticas públicas de aprisionamento na pobreza. Agora que você tomou a pílula vermelha e se libertou dessa matrix, entenda, cabe a você se motivar e buscar o melhor que o mundo pode oferecer para você. Eles atrasaram você, mas não puderam te parar. Compreendes amigo???

      Entenda, não se trata do ambiente de oportunidades, se trata de você fazer a oportunidade. 

       Mas para poder comprovar o que eu estou falando, recorro uma análise que se explica por mim: 


O Padrão de Hereditariedade.


      Um exemplo claro de padrão de hereditariedade está associado a  coisas consideradas difíceis.

      Sendo mais didático... aqui vai um exemplo, ou melhor, uma pergunta: 

      Por que filhos de médicos geralmente são médicos?

      1- Por que os pais deles tem dinheiro para bancar os estudos? 

      2- Por que eles são geneticamente superiores intelectualmente, porque os pais são médicos?

      Ou 

      3- Por que sentem-se a obrigação de serem médicos?

E se eu mudasse a pergunta: 

      Por que filhos de atores geralmente são atores?

      -"Ah... Mas ser ator é fácil..."

      Por que você agora você baixou o padrão? Ahhh... preconceituoso de araque! 

      Não se trata de inteligência, como na pergunta nº 2. Nem de ser rico como na nº1.  

      Por que  filhos de professores geralmente são professores, de advogados seguem a carreira jurídica, de policiais servem a lei ou engenheiros sempre escolhem o caminho das ciências exatas? 

      A questão é que não se trata exclusivamente de uma aptidão intelectual para fazer algo ou dinheiro para investimento, mas de um "mindset" que te leve a fazer o que você faz. 

      Portanto, sua família, por mais contraditório que possa parecer, vai pesar muito pouco no final da soma das coisas que te levaram a ser quem você é ou pretende ser. Ela será, na grande maioria dos casos uma influenciadora enquanto você acha que esta fazendo o que faz pelos motivos errados, acorde menino! 

      Mas minha família é muito importante! 

      Para de chorar e me ouve. Claro que é... sobretudo se seu pai é ladrão, maconheiro, sociopata ou um filho da puta como muitos são por aí.  Por essa lógica determinista da influencia hereditária estaríamos fadados ao fracasso da raça humana e Freud aplaudiria você de pé! Claro que ele está certo, você é sim, influência do meio, sobretudo se você acredita nisso. 

        -Ah.... Mas eu amo minha família, devo tudo a eles! 

      Deixa de ser chorão e perceba o quanto você estava sendo enganado pequeno elfo, não se trata de sua família, trata-se de você. 

      Quando eu me referi em  "mindset", alguns segundos atrás, eu me referi ao conjunto de equipamentos que impulsionaram ou não a você a fazer o que você faz. Mas como somos mais de 200 milhões de brasileiros e  temos muito mais maus exemplos do que bons, aprenda agora a manipular isso. 

      Por isso que o moleque que tem pais médicos, em média, tem 300% a mais de chances de se tornar médico que você. Por que aquelas convicções práticas que citei lá atrás do texto foram aplicadas a ele durante toda a sua vida com exemplos dos seus pais. 

      Já ouviu a frase: " O exemplo arrasta."? 

      Pois bem, arrastou.  

Projeto VesteJaleco

      Agora que tudo ficou mais claro que pinga salinas recém tirada do alambique, vamos fazer o que tem de ser feito.  

      Se você pretende algum dia vestir um jaleco ou andar com uma botinha da moda num campo de obra pagando de engenheiro da NASA, aqui vai algumas dicas práticas: 

      Você já visitou a faculdade que você sonha entrar? 

      Já viu como é a rotina dos alunos de perto?

      Já tentou entrar em contato com aquele hospital escola para acompanhar uma cirurgia de perto?

      Já foi à seções de reabitação de acidentados ou na ala de câncer?

      Já presenciou pessoas morrendo na frente dos médicos enquanto eles tentam meticulosamente ressuscitá-lo?

      Tudo isso são exemplos da prática que  impulsionar sua aprovação pra ontem. 

      Portanto, não deixe para depois, seja para visitar um campo de obras, uma estação elétrica, uma startup ou um pronto socorro,  o importante mesmo é ir. Compreendeu pequeno Elfo?

      Deixe-se marcar, porque essas marcas definiram você. 

      Agora, seja igual a Gabriela apenas se você quiser morrer assim... Sempre Gabriela...

      Abraços. 


      Luciano Cruz

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2 commentaires


t. Marques
t. Marques
15 sept. 2018

Ai meu Deus... quase morri de tanto rir. Abraços!

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Luciano Cruz
Luciano Cruz
15 sept. 2018

Gostei muito do seu estilo.

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